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Ministro Guido Mantega participa de audiência na comissão de Fiscalização Financeira e Controle
Por Assessoria Quarta-Feira, 14 de Maio de 2014
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, presidida pelo deputado federal Hugo motta (PMDB/PB) realizou nesta quarta-feira, 14, uma audiência pública com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para falar sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA)
Guido Mantega afirmou que não fazia parte do Conselho de Administração da Petrobras quando foi decidida a compra da refinaria dePasadena, nos EUA, em 2006, mas que o momento era promissor. Segundo ele, a Petrobras queria uma entrada no mercado norte-americano para pular as barreiras econômicas que os EUA costumam colocar para os estrangeiros.
Respondendo ao líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), Mantega afirmou ainda que a operação foi aprovada por um conselho “qualificado”, do qual faziam parte o então presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter e o economista Claudio Haddad. Além disso, segundo ele, havia um parecer favorável do Citibank.
Custo da Energia elétrica
O Ministro Guido Mantega deu declarações durante a audiência pública afirmando que o país não sofrerá com a falta de energia elétrica. Segundo o ministro, no próximo ano, a energia será mais barata porque haverá energia nova", disse.
Mantega lembrou ainda do plano do Governo Federal que foi lançado em março, com novas medidas para socorrer as distribuidoras e reduzir o impacto na conta de luz pelo uso das usinas termelétricas, cuja produção é mais cara.
Para bancar esse custo, haverá um novo aporte do Tesouro, no valor de R$ 4 bilhões, que se somam aos R$ 8 bilhões que já estavam no Orçamento de 2014. Além disso, são realizados novos leilões de energia e está sendo permitido que as distribuidoras peguem emprestados R$ 11,2 bilhões no mercado.
O novo aporte de R$ 4 bilhões, além dos empréstimos disponíveis no mercado financeiro, será rateado entre o governo, consumidores e agentes do setor. Mas a parte da fatura que deverá ser repassada à conta de luz, estimada atualmente em R$ 11,2 bilhões, só será cobrada a partir de 2015.
As declarações de Mantega estão em linha com o que diz o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que destacou na segunda-feira (12) que o sistema elétrico passou por uma prova de fogo no início do ano, com reservatórios baixos e recordes sucessivos de consumo de energia, e que "nem por isso o sistema se abalou". Lobão lembrou que a estiagem, por outro lado, chegou a comprometer o abastecimento de água em regiões de São Paulo.
Rebaixamento de nota do Brasil foi ignorada pelos mercados, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o rebaixamento da nota dos títulos brasileiros feito pela agência de classificação de risco Standart & Poor´s foi “solenemente ignorada” pelos mercados. Segundo ele, após o anúncio, em março, houve valorização do real e das bolsas de valores.
A nota das agências de classificação traduz o risco que um país representa para os investidores. Mantega ressaltou, no entanto, que outras agências mantiveram suas notas relativas ao Brasil.
O ministro disse ainda que a saída da crise financeira tem sido lenta para todos os países e citou o exemplo dos EUA, que tem o crescimento projetado de apenas 0,1% para 2014.
Convidado para falar sobre a compra da refinaria de Pasadena e os prejuízos causados à Petrobras, Mantega destacou, em sua fala inicial, que a empresa é a que mais investe no Brasil – no ano passado foram R$ 104 bilhões.
Da Agência Câmara de Notícias e G1