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Encontro aprovou moção que proíbe filiados de assumirem novos cargos no Governo Federal
Por Gilclécio Lucena com AFP Segunda-Feira, 14 de Março de 2016
O PMDB realizou no último sábado, 12, a Convenção Nacional do partido, onde reconduziu à presidênia o vice-presidente da República, Michell Temer, e aprovou moção que proibe filiados de assumirem novos cargos no Governo Federal.
O deputado federal Hugo Motta falou sobre a responsabilidade do PMDB com o país. De acordo com o parlamentar, o PMDB não será irresponsável de trabalhar para piorar a crise. “Caminharemos com responsabilidade, prudência e, acima de tudo, a favor daquilo que for fundamental para que o Brasil possa se recuperar e olhar pra frente. O país não aguenta mais sangrar, a economia não vai bem. Torço para que o partido e a presidente Dilma consiga exlicar as denúncias de corrupção. Vamos aguardar para que essa situação tenha soluçã o o quanto antes”, revelou.
Já o deputado estdual Nabor Wanderley falou sobre o momento de crise e revelou que segue a decisão do partido. “Esse clima de insegurança muito grande demonstrado em nível internacional, caindo os investimentos, amplia a crise política. Esperamos que o Governo dê as explicações necessárias. O Brasil não aguenta viver o clima de insegurança. Seguirei as decisões do meu partido, tenho muito orguho do PMDB, que tem papel decisivo na história de desenvolvimento do país”, afirmou.
PMDB anuncia em 30 dias se rompe com governo Dilma
O PMDB, principal aliado da base governista, anuncia nos próximos 30 dias se deixa o governo Dilma Rousseff, uma decisão que acentua e pode agravar ainda mais a crise política no país.
Sob um clima marcadamente de oposição e com pedidos de rompimento com o PT, os representantes do PMDB votaram, neste sábado, na Convenção Nacional do partido, para que nenhum membro aceite cargos no governo federal neste mês de deliberação.
"O PT e o governo terminaram. Dilma perdeu o controle do país, ninguém acredita no que ela diz. Não está mais em condições de unir ninguém, nem de encontrar um rumo para a economia", disse à AFP o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), um dos líderes que apoiam a ruptura.
"O governo tomou decisões equivocadas e está-se afundando, e o PMDB não pode afundar com o governo (...) Estabeleceu-se um prazo de 30 dias para dar tempo de encontrar a melhor saída, mas a saída tem que acontecer o mais rápido possível", acrescentou o deputado.
Segundo ele, sua posição tem uma maioria "folgada" entre os correligionários.
O PMDB é a maior força política no país em quantidade de deputados, senadores e governadores. Além de estarem à frente de sete ministérios, ocupam os três primeiros lugares imediatos na linha de sucessão presidencial, com Michel Temer, vice de Dilma; o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; e o presidente do Senado, Renan Calheiros.
A proposta de rompimento foi suavizada pelos principais caciques do partido, especialmente pelo presidente da sigla, Michel Temer, que antecipou na convenção que os afiliados vão renovar seu mandato. Para ele, a crise "é gravíssima", mas não é hora de "dividir os brasileiros".
"Há uma corrente grande do PMDB que defende a saída do governo e existe outra facção que quer que o PMDB continue no governo (...) A questão da saída do governo será discutida nos próximos dias (...) Se tiver de escolher entre ficar com o governo, ou com o povo, tenha certeza de que o PMDB ficará com o povo", declarou o deputado Hugo Motta (PMDB-PB).
"A presidente tem uma ótima oportunidade de renunciar. Ou caminhará para o impeachment. As ruas estão pedindo isso. A pressão da sociedade (...) e o descalabro moral que o país tem exigem que haja uma mudança de governo", defendeu Terra.