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O Deputado Federal, Hugo Motta (PMDB/PB), anunciou na tarde desta quarta-feira, 17, que os recursos para obras de pavimentação de aproximadamente 140 ruas no município de Patos estão garantidos. Segundo Hugo Motta, este é um dos maiores projetos de pavimentação em paralelepípedo do Nordeste e o maior da história de Patos. “Agora a Prefeitura de Patos poderá proceder com a contratação do empréstimo, de cerca de R$ 15 milhões de reais, para realizar um sonho antigo de milhares de famílias patoenses, que é ter acesso à infraestrutura urbana de qualidade, a exemplo dos calçamentos que serão feitos”, comemorou Hugo Motta. O parlamentar destacou ainda a organização administrativa da Prefeitura. “A prefeita Francisca demonstra muita competência e garra, mantendo a organização das finanças do município, cumprindo todos os requisitos exigidos pela Caixa Econômica Federal, pois, sem isso, a contratação do empréstimo não seria possível”, destacou. Francisca Motta falou ainda que a parceria com o deputado Hugo tem trazido bons resultados para a cidade. “Estamos trabalhando com muita responsabilidade, todo o tempo, ouvindo as comunidades, conhecendo e encarando os problemas, e sempre buscando soluções. Hugo tem defendido os projetos de Patos e de diversos municípios da Paraíba com muita altivez, e é assim que vamos continuar procedendo”, disse. Francisca Motta afirmou que, após a contratação do empréstimo, a Prefeitura de Patos concluirá o projeto de engenharia e, em seguida, abrirá o processo licitatório para contratação da empresa que executará a obra.

Contratada pela CPI da Petrobras para apurar eventuais movimentações financeiras no exterior de pessoas investigadas pela Operação Lava Jato, a empresa de consultoria Kroll relatou nesta terça-feira (16) a parte dos integrantes da comissão que identificou 59 contas bancárias, 33 empresas e seis imóveis em nome de 12 suspeitos. Entre os alvos da consultoria estão ex-diretores da Petrobras, executivos de empreiteiras e operadores do esquema de corrupção que agia na estatal do petróleo.

Os nomes dos investigados não foram informados aos deputados que compõem a CPI. Somente o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o deputado André Moura (PSC-SE), um dos sub-relatores do colegiado, sabem a identidade dos suspeitos investigados.

As informações foram apresentadas por três representantes da Kroll em uma reunião a portas fechadas com deputados que integram a CPI. Pelo contrato, até 15 pessoas poderiam ser investigadas, no entanto, somente 12 passaram a ter suas contas devassadas pela empresa.

A empresa foi contratada pela Câmara no final de março por aproximadamente R$ 1,068 milhão (o preço original é de quase 226 mil libras esterlinas) para analisar dados sigilosos obtidos pela comissão parlamentar de inquérito que apura o escândalo de corrupção na Petrobras.

Segundo o G1 apurou, a Kroll informou à CPI que encontrou indícios de que os 12 suspeitos mantêm bens e ativos em 33 países. Em 15 nações – Estados Unidos, Singapura, Suíça, Hong Kong, Ilhas Virgens, Uruguai, Panamá, Bahamas, Líbano, Luxemburgo, Reino Unido, Mônaco, Alemanha, Holanda e Ilha de Man –, as evidências de irregularidades seriam mais fortes, informaram deputados que participaram da reunião.

Ao final da reunião com a Kroll, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou o fato de os nomes dos investigados continuarem anônimos para a maioria dos integrantes da CPI. “Como pode o subrelator saber e o relator não saber? Não faz sentido isso. É um absurdo”, ressaltou Valente.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) também reclamou do sigilo em torno da identidade dos investigados. A parlamentar do PPS disse que não se responsabiliza pelo resultado da investigação.

“Embora eu seja membro titular da CPI, não me sinto responsável por essa apuração da Kroll, porque é algo sobre o qual não tenho informação”, enfatizou.

André Moura rebateu as críticas dos colegas da comissão e alegou que o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), terá acesso a todos os dados da investigação. De acordo com o subrelator, caso não haja nenhum pedido extra, a previsão é de que a Kroll apresente o resultado final das investigações em agosto.

O Deputado Federal Hugo Motta (PMDB/PB) solicitou ao Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que sejam construídas 200 casas no município de Sapé, na Paraíba.

Acompanhado do pré-candidato a prefeito do município, Juscelino do Peixe, Hugo Motta falou sobre a necessidade de habitação para as comunidades rurais e para a Colônia de Pescadores. “Habitações de qualidade são essenciais para dar melhores condições à população rural, precisamos fortalecer a agricultura familiar e o trabalhador, já que Sapé é um município que se destaca na produção de abacaxi e cana-de-açúcar, e produz também, mesmo em menor quantidade, feijão, mandioca e batata-doce”, afirmou.

A solicitação feita pelo parlamentar visa distribuir as 200 casas pelo Plano Nacional de Habitação Rural, sendo 50 unidades habitacionais para cada uma das comunidades Usina Santa Helena, Inhauá, Renascença e 50 unidades à Colônia de Pescadores.

“Tenho a responsabilidade de usar o mandato em favor do povo e vamos, com certeza, buscar projetos e programas que venham a beneficiar diretamente à população”, concluiu, Hugo Motta.

O engenheiro Maurício Guedes, gerente-executivo de Engenharia de Abastecimento da Petrobras, disse à CPI da Petrobras não acreditar que o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco, réu confesso da Operação Lava Jato, tenha agido sozinho no esquema de corrupção e propinas na estatal.

Barusco, em acordo de delação premiada com a Justiça Federal, disse ter recebido 97 milhões de dólares em propinas entre 1997 e 2010. 

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Segundo o engenheiro, os procedimentos internos da Petrobras preveem muitas instâncias decisórias, em esquema colegiado, o que dificulta uma ação isolada. “Nesse ponto eu compartilho com o que disse aqui a ex-presidente da Petrobras Graça Foster”, afirmou Guedes, em referência ao depoimento de Foster à CPI.

“E como o senhor recebeu as notícias de pagamento de propinas na Petrobras?”, perguntou o relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). “Com surpresa, tristeza e indignação”, disse. “O senhor já recebeu alguma oferta de vantagem ilícita?”, perguntou o relator. “Nunca”, respondeu.

Pressa
Ao falar da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o engenheiro disse que os atrasos e aditivos que multiplicaram o valor da obra foram decorrentes da pressa na execução da obra e não de deficiências do projeto.

“Nesse caso, minha opinião pessoal é de que o projeto não foi o mais importante, mas sim o processo de condução. Na época se precisava de um prazo menor. Então a Petrobras adquiriu centenas de equipamentos para as obras. Os projetos foram feitos com base nos desenhos dos equipamentos e a Petrobras ficou encarregada de fazer os projetos executivos – e não as empresas contratadas. E os equipamentos nem sempre se ajustavam ao projeto. O problema foi a pressa e não a maturidade do projeto”, afirmou.

Segundo o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco, houve formação de cartel das empresas na construção dos 12 pacotes de obras da refinaria Abreu e Lima (RNEST). Os contratos foram fechados com preços perto do máximo. Ele disse que apenas o pacote de obras para a Unidade de Hidrotratamento foi fechado em R$ 3,19 bi. A proposta foi do consórcio Conest, composto pela Odebrecht e OAS.


O engenheiro Maurício Guedes, gerente-executivo de Engenharia de Abastecimento da Petrobras, admitiu à CPI que investiga irregularidades na estatal que um contrato de R$ 3,8 bilhões para a construção de uma unidade de hidrogênio do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) foi assinado sem licitação.

Guedes foi o coordenador da comissão de negociação nomeada pela Petrobras para definir o custo da obra com o consórcio de empresas designado para construir a unidade. “Quem autorizou a dispensa de licitação?”, perguntou o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), um dos sub-relatores da CPI. “A diretoria executiva”, respondeu. Guedes disse que os diretores eram Renato Duque (de Serviços) e Paulo Roberto Costa (de Abastecimento).

“E quem indicou o senhor para a comissão?”, perguntou o deputado. “Foi o gerente executivo de engenharia, Roberto Gonçalves, substituto de Pedro Barusco [outro delator do esquema]”, informou.

O delator Júlio Camargo, da empresa Toyo Setal, afirmou, em depoimento ao Ministério Público Federal, que intermediou a contratação do consórcio e que pagou propina de R$ 12 milhões ao ex-diretor Renato Duque.

Guedes, que não é acusado de irregularidades, declarou que a estimativa da Petrobras para o custo da obra era de R$ 3,8 bilhões, e a proposta do consórcio era de R$ 4 bilhões - valor que acabou reduzido mediante negociação.



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