Hugo visita obras e concede entrevista sobre o mandato
O Deputado Federal, Hugo Motta (PMDB/PB) participou na manhã deste domingo, 31, de uma entrevista na Rádio Comunitária Saraiva Leão,...
Contratada pela CPI da Petrobras para apurar eventuais movimentações financeiras no exterior de pessoas investigadas pela Operação Lava Jato, a empresa de consultoria Kroll relatou nesta terça-feira (16) a parte dos integrantes da comissão que identificou 59 contas bancárias, 33 empresas e seis imóveis em nome de 12 suspeitos. Entre os alvos da consultoria estão ex-diretores da Petrobras, executivos de empreiteiras e operadores do esquema de corrupção que agia na estatal do petróleo.
Os nomes dos investigados não foram informados aos deputados que compõem a CPI. Somente o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o deputado André Moura (PSC-SE), um dos sub-relatores do colegiado, sabem a identidade dos suspeitos investigados.
As informações foram apresentadas por três representantes da Kroll em uma reunião a portas fechadas com deputados que integram a CPI. Pelo contrato, até 15 pessoas poderiam ser investigadas, no entanto, somente 12 passaram a ter suas contas devassadas pela empresa.
A empresa foi contratada pela Câmara no final de março por aproximadamente R$ 1,068 milhão (o preço original é de quase 226 mil libras esterlinas) para analisar dados sigilosos obtidos pela comissão parlamentar de inquérito que apura o escândalo de corrupção na Petrobras.
Segundo o G1 apurou, a Kroll informou à CPI que encontrou indícios de que os 12 suspeitos mantêm bens e ativos em 33 países. Em 15 nações – Estados Unidos, Singapura, Suíça, Hong Kong, Ilhas Virgens, Uruguai, Panamá, Bahamas, Líbano, Luxemburgo, Reino Unido, Mônaco, Alemanha, Holanda e Ilha de Man –, as evidências de irregularidades seriam mais fortes, informaram deputados que participaram da reunião.
Ao final da reunião com a Kroll, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou o fato de os nomes dos investigados continuarem anônimos para a maioria dos integrantes da CPI. “Como pode o subrelator saber e o relator não saber? Não faz sentido isso. É um absurdo”, ressaltou Valente.
A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) também reclamou do sigilo em torno da identidade dos investigados. A parlamentar do PPS disse que não se responsabiliza pelo resultado da investigação.
“Embora eu seja membro titular da CPI, não me sinto responsável por essa apuração da Kroll, porque é algo sobre o qual não tenho informação”, enfatizou.
André Moura rebateu as críticas dos colegas da comissão e alegou que o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), terá acesso a todos os dados da investigação. De acordo com o subrelator, caso não haja nenhum pedido extra, a previsão é de que a Kroll apresente o resultado final das investigações em agosto.
O Deputado Federal Hugo Motta (PMDB/PB) solicitou ao Ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que sejam construídas 200 casas no município de Sapé, na Paraíba.
Acompanhado do pré-candidato a prefeito do município, Juscelino do Peixe, Hugo Motta falou sobre a necessidade de habitação para as comunidades rurais e para a Colônia de Pescadores. “Habitações de qualidade são essenciais para dar melhores condições à população rural, precisamos fortalecer a agricultura familiar e o trabalhador, já que Sapé é um município que se destaca na produção de abacaxi e cana-de-açúcar, e produz também, mesmo em menor quantidade, feijão, mandioca e batata-doce”, afirmou.
A solicitação feita pelo parlamentar visa distribuir as 200 casas pelo Plano Nacional de Habitação Rural, sendo 50 unidades habitacionais para cada uma das comunidades Usina Santa Helena, Inhauá, Renascença e 50 unidades à Colônia de Pescadores.
“Tenho a responsabilidade de usar o mandato em favor do povo e vamos, com certeza, buscar projetos e programas que venham a beneficiar diretamente à população”, concluiu, Hugo Motta.
O engenheiro Maurício Guedes, gerente-executivo de Engenharia de Abastecimento da Petrobras, disse à CPI da Petrobras não acreditar que o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco, réu confesso da Operação Lava Jato, tenha agido sozinho no esquema de corrupção e propinas na estatal.
Barusco, em acordo de delação premiada com a Justiça Federal, disse ter recebido 97 milhões de dólares em propinas entre 1997 e 2010.
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Segundo o engenheiro, os procedimentos internos da Petrobras preveem muitas instâncias decisórias, em esquema colegiado, o que dificulta uma ação isolada. “Nesse ponto eu compartilho com o que disse aqui a ex-presidente da Petrobras Graça Foster”, afirmou Guedes, em referência ao depoimento de Foster à CPI.
“E como o senhor recebeu as notícias de pagamento de propinas na Petrobras?”, perguntou o relator da comissão, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). “Com surpresa, tristeza e indignação”, disse. “O senhor já recebeu alguma oferta de vantagem ilícita?”, perguntou o relator. “Nunca”, respondeu.
Pressa
Ao falar da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o engenheiro disse que os atrasos e aditivos que multiplicaram o valor da obra foram decorrentes da pressa na execução da obra e não de deficiências do projeto.
“Nesse caso, minha opinião pessoal é de que o projeto não foi o mais importante, mas sim o processo de condução. Na época se precisava de um prazo menor. Então a Petrobras adquiriu centenas de equipamentos para as obras. Os projetos foram feitos com base nos desenhos dos equipamentos e a Petrobras ficou encarregada de fazer os projetos executivos – e não as empresas contratadas. E os equipamentos nem sempre se ajustavam ao projeto. O problema foi a pressa e não a maturidade do projeto”, afirmou.
Segundo o ex-gerente de Tecnologia Pedro Barusco, houve formação de cartel das empresas na construção dos 12 pacotes de obras da refinaria Abreu e Lima (RNEST). Os contratos foram fechados com preços perto do máximo. Ele disse que apenas o pacote de obras para a Unidade de Hidrotratamento foi fechado em R$ 3,19 bi. A proposta foi do consórcio Conest, composto pela Odebrecht e OAS.
O engenheiro Maurício Guedes, gerente-executivo de Engenharia de Abastecimento da Petrobras, admitiu à CPI que investiga irregularidades na estatal que um contrato de R$ 3,8 bilhões para a construção de uma unidade de hidrogênio do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) foi assinado sem licitação.
Guedes foi o coordenador da comissão de negociação nomeada pela Petrobras para definir o custo da obra com o consórcio de empresas designado para construir a unidade. “Quem autorizou a dispensa de licitação?”, perguntou o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), um dos sub-relatores da CPI. “A diretoria executiva”, respondeu. Guedes disse que os diretores eram Renato Duque (de Serviços) e Paulo Roberto Costa (de Abastecimento).
“E quem indicou o senhor para a comissão?”, perguntou o deputado. “Foi o gerente executivo de engenharia, Roberto Gonçalves, substituto de Pedro Barusco [outro delator do esquema]”, informou.
O delator Júlio Camargo, da empresa Toyo Setal, afirmou, em depoimento ao Ministério Público Federal, que intermediou a contratação do consórcio e que pagou propina de R$ 12 milhões ao ex-diretor Renato Duque.
Guedes, que não é acusado de irregularidades, declarou que a estimativa da Petrobras para o custo da obra era de R$ 3,8 bilhões, e a proposta do consórcio era de R$ 4 bilhões - valor que acabou reduzido mediante negociação.
O Deputado Federal, Hugo Motta (PMDB/PB) participou na manhã deste domingo, 31, de uma entrevista na Rádio Comunitária Saraiva Leão,...
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